terça-feira, 18 de dezembro de 2012

BRASIL DE IDEIAS

Mulheres na Vanguarda do Investimento Social


                                       
LEONA FORMAN                                                                                            
                                                 Presidente da Brazil Foudation   
                                         
                                                             IEDA MARIA                                                         
                                                Secretária do I. C. Kizomba 
                        
                          Mª HELENA JOHANNPETER                                                             
                       Presidente da Parceiros Voluntários
                                                           
                                                                      MARIA LUISA
                            Presidente do Instituto Cultural  Kizomba    

                                                    
                                                            Mª DO ROSÁRIO
                                Ministra da Secretaria  de Direitos humanos
                               Presidencia da República
 
                                                                                            DIA 14/12/2012 - Almoço.
                                                                                           Porto Alegre Country Club

                                Um  encontro que promove o debate e desperta o senso crítico dos seus participantes.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

CELEBRAÇÃO AFRO

                 gGrupo liturgico Santa Bakhita
          Paróquia Santo Antonio – Alvorada          



                                                             CONVITE
            9ª MISSA  AFRO  DE ALVORADA

             LOCAL: CAPELA Nsa.Sra. CARAVÁGIO
             HORÁRIO: 20
             DIA: 17/11/2012
             LOCAL: Parada 57 –Rua Volter Pires,44
                      (atrás da Escola Mauricio S. Sobrinho )
             Bairro: Maria Regina

                                   SEJAM BEM  VINDOS !  AXÉ!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Grupo de dança

Encontro de Museu Imaterial - Santa Maria - 2011


13º CEBs - Santa Maria -RS





Ano 2011 Aniversário do Kizomba





Parcerias de ações realizadas

Bicicleta  dupla para portador de deficiência visual

Confecção das bonequinhas Yabomi numa feira

POR QUE SOMOS MILITANTES DESTA CAUSA

SAUDADE! Apessoa que nos fez conhecer,e a partir dai nos tornamos militantes desta causa.

PADRE TONINHO
Se algum desavisado perguntar pelas esquinas do Bixiga como encontrar o Padre Antonio Aparecido da Silva, provavelmente não terá sucesso em sua busca.
Mas, se o religioso for procurado pelo nome de "Padre Toninho", não faltarão voluntários dispostos a encaminhar o forasteiro à Paróquia Nossa Senhora da Achiropita, onde funciona a Pastoral Afro e o Centro Cultural Atabaque, frutos da militância do pároco. Padre Toninho é figura mais que ilustre do bairro onde se come feijoada, regada a vinho e ao som de forró. Ele nasceu em Lupércio, uma pequena cidade no interior de São Paulo, em 28 de novembro de 1948, data que consta nos registros oficiais, mas, aparentemente, teria nascido um mês antes; detalhe que não tem importância diante de sua trajetória. Foi ordenado padre em 1976. Por dez anos foi pároco da Igreja Nossa Senhora da Achiropita e hoje é o influente Diretor Provincial da Congregação Padre Orionitas. Mas é como um dos mais atuantes e formidáveis agentes de combate à discriminação racial que Padre Toninho se destaca. Ele foi um dos idealizadores das missas afros, onde os rituais católicos misturam-se às tradições afro-brasileiras, formando um comovente ritual, capaz de sensibilizar até mesmo aqueles que não nutrem muita simpatia pela religião católica.
Portal - Quando e como surgiu a idéia da Missa Afro?
Padre Toninho – Na década de 70 os movimentos sociais estavam em evidência. A luta pela superação do regime militar marcava um momento forte dentro do país. Neste contexto, o movimento negro começava a se reorganizar na sociedade civil. Eu e mais alguns jovens padres negros, recém ordenados, começamos a entender que este movimento deveria também ter seu braço na igreja, pois a discriminação que os negros sofriam na sociedade civil, também era vivida dentro das igrejas. Entendíamos que se a igreja não acompanhasse as conquistas dos negros na sociedade civil, ela, que deveria estar à frente, ficaria para trás. Naquela época, não víamos negros nos primeiros escalões das instituições civis, nem tampouco nos primeiros escalões da igreja. Era evidente que para superar esse problema deveríamos iniciar um trabalho de conscientização.
Portal – E quem eram essas pessoas que se reuniam com o senhor?
Padre Toninho – Tinha o Padre Mauro Batista, que era professor da Universidade Católica e atendia a comunidade carente da Vila das Belezas, na região de Santo Amaro. O Padre Edir Maria, de Lins, que desenvolvia seus estudos em São Paulo.Também contávamos com o famoso e saudoso Padre Batista, que trabalhou na Catedral da Sé. No início, contamos com o apoio do padre comboniano [designação dos adeptos do missionário Daniel Comboni, que entre outras causas defendia a salvação da África pela África] Heitor Frizoti, que apesar de branco assumiu a causa negra de corpo e alma.
Portal – E quando o movimento realmente se cristalizou?
Padre Toninho – No final da década de 70. De 1979 para 1980, começamos a fundar os agentes de pastoral negros (APN’s). A partir daí começamos a criar uma sólida estrutura.
Portal – Quando e onde aconteceu a primeira missa afro?
Padre Toninho – A primeira teve o nome de Missa dos Quilombos e aconteceu em 1981, na Praça do Carmo, em Recife. A missa foi presidida pelo bispo negro Dom José Maria Pires e as músicas foram compostas por Milton Nascimento.
Portal – Porque em Recife?
Padre Toninho - Quando em 1695 Domingos Jorge Velho matou Zumbi, ele o decapitou e levou sua cabeça para expô-la na Praça do Carmo, que na época era a principal praça de Recife, onde morava o governador da província de Pernambuco. Entendemos que por essa razão o local era simbólico.
Portal – E como a cerimônia foi estruturada? De que forma os elementos afros foram introduzidos?
Padre Toninho – Num primeiro momento a prioridade era trabalhar a idéia da visibilidade do povo negro. Havia uma ideologia que pregava a ocultação do elemento negro da sociedade brasileira. Ora, o Brasil é negro em todos os cantos e naquela época, estatísticas absurdas diziam que éramos apenas 7% da população! Portanto, voltamos nossas atenções para este ponto.
Desta forma, a missa abre com a mensagem da chegada: "Estamos chegando, vocês não nos vêem, por que estamos nas senzalas, nos porões, nas favelas, nas periferias e nos morros". Esta é a idéia da entrada. "Vocês não nos vêem por que não querem, mas nós estamos aqui".
A parte da leitura foi feita em cima de êxodus, capítulo 3, onde se lê: "Eu ouvi o clamor de meu povo e sou solidário com ele". Deus é nosso! Deus está com os pobres e negros, pois está justamente ao lado daqueles que sofrem. Essa foi a liturgia da palavra.
No ofertório, trabalhamos com a idéia de que só podemos oferecer a Deus aquilo que é nosso, pelo qual lutamos, o que construímos. Se oferecermos algo que não possuímos, roubado de outros, essa oferta não será legítima. Portanto, as missas celebradas até agora foram falsas, pois as pessoas ofereciam as coisas que roubavam dos negros, do suor e do trabalho do negro, que eram apresentadas como coisas de brancos. Mas quem produziu aquilo? Foram os negros durante a escravidão. Sendo assim, é a primeira vez que está sendo feita uma missa válida, daí a idéia do ofertório abundante. Oferecemos para Deus aquilo que produzimos: pipoca, bolo de fubá, pão, frutas, etc. Nada que tenhamos roubado.
Na parte final, Consagração e Agradecimento, passamos a idéia que o quilombo representa a paz, por ser o local onde os negros abriram as portas para índios e brancos pobres, num regime alternativo onde havia o respeito pelas diferenças. Na verdade o quilombo é páscoa. Quilombo, páscoa da ressurreição.
Estes são os principais pontos da cerimônia.
"Coincidentemente, tempos depois, a igreja lançou a idéia da inculturação, que seria trabalhar a fé a partir da cultura de cada povo. É natural que a idéia atendia plenamente nossos propósitos: trabalhar a fé resgatando nossa cultura. Sendo assim, adotamos os símbolos afro-brasileiros e os expomos nas vestimentas, nos cantos, nos ritmos, enfim ligando-os à celebração. Esta é a idéia".
Portal – A religião seria o caminho ideal para a superação das diferenças entre negros e brancos?
Padre Toninho – As religiões são patrimônio de toda a humanidade. O elemento mais comum entre os humanos talvez seja a linguagem e o sentimento religioso. A religião tem uma dimensão universal. Não encontramos nenhum povo que não tenha sua religião, sua crença. Portanto a linguagem religiosa é universal. Daí vem uma grande responsabilidade sobre os agentes que operam a coisa da religião, ou seja, os líderes religiosos: sacerdotes, mães de santo, mestres budistas, yalorixás, rabinos, pastores, enfim, todos têm a responsabilidade de fazer com que este sentimento comum a todo universo seja valorizado. Os líderes têm duas opções: transformar as diferenças em uma arma para se atacarem ou num bonito instrumento de paz. Para que isso possa de fato acontecer, é preciso que aja abertura, que as pessoas não olhem com olhar restrito, pensando apenas em sua própria religião. É preciso olhar de maneira ampla, valorizando a religião do outro. Não tenho dúvidas que a religião tem o papel de unir as pessoas, e hoje mais que nunca, é necessário que assuma esse papel.
Portal – Durante a escravidão, os negros eram proibidos de entrar nas igrejas. Hoje, temos padres negros e vemos a comunidade assumindo e participando ativamente dos rituais da missa. Temos aí uma evolução?
Padre Toninho – Realmente tem havido uma evolução nas igrejas. De fato, no período colonial das Américas, os negros eram proibidos de entrar nas igrejas, embora fossem eles que as construíssem. O Papa João Paulo II, aludindo a este fato no Documento da Assembléia de Santo Domingo, produzido no Caribe, em 1992, se refere a esta fase com grande pesar e pede desculpas à comunidade negra, dizendo que homens e mulheres falsearam os ensinamentos de Jesus Cristo, pois não é possível que quem conheça o evangelho admita a escravidão e não permita que seu semelhante participe de uma mesma celebração. Foi justamente isso que aconteceu com os negros que foram proibidos de participar das igrejas que eles construíram.
A Igreja Católica, a partir do Concílio Vaticano II, em 1960, deu uma verdadeira guinada em termos de conceito e compreensão. Abriu as portas para se trabalhar com certas particularidades que não eram tratadas, como a questão da mulher. Não tenho dúvidas que a possibilidade da mulher vir a ser sacerdotisa na igreja católica seja apenas uma questão de tempo. A postura de não admitir que uma mulher seja ordenada está com os dias contados. É irracional. Uma instância como a igreja que prega a fraternidade e igualdade, não pode determinar que a mulher não possa ser sacerdote apenas por ser mulher. É incoerente. Esta proibição desaparecerá, assim como desapareceu a proibição aos negros. Até aproximadamente a década de 60, eram pouquíssimas as ordens e dioceses que admitiam negros com vocação religiosa.
Hoje já não existem mais essas barreiras. Digo, porém, que isto não foi uma abertura gratuita, não foi um presente. Assim como a abolição foi o resultado da luta dos escravos, da mesma forma, a atual presença do negro nos postos de frente das igrejas católicas e protestantes, é também resultado de nossas lutas. Graças a isso, podemos comemorar o fato da CNBB reconhecer oficialmente a Pastoral do Negro no Brasil. Acredito que os negros organizados no candomblé, na igreja católica ou quaisquer outras vertentes, devam estar unidos no respeito e sobretudo na busca por cidadania. Este sim, um ponto comum onde todos têm que se encontrar. Somos brasileiros. Temos nossa origem na África, mas assumimos este país e lutamos por ele.
Portal – Esta postura é evidentemente política, não?
Padre Toninho – De fato é uma atitude eminentemente política. Estamos convencidos que devemos trabalhar com a recuperação da identidade, pois a atitude de um povo está diretamente ligada a sua identidade. Enquanto não reconhecer aquilo que sou, não conseguirei lutar. Não conseguirei me impor. Não conseguirei conversar com o outro de igual para igual. A libertação e conquista da cidadania do negro ocorrerá apenas quando ele olhar diretamente nos olhos de seu interlocutor, enquanto ele abaixar a cabeça, não conseguirá se impor. Só conversamos de igual para igual quando temos a certeza e convicção daquilo que somos. Quando assumo minha identidade, que vem da auto-estima, concluo que não sou nem maior nem menor que os outros, sou um ser humano, com os mesmos direitos de todos. Esta auto-estima começa na infância. Por isso, junto com a missa, temos os batizados afros, onde as crianças vêm trajadas e penteadas à moda africana, para que sintam, desde cedo, orgulho da África, que deixará de ser uma terra estranha, e sim sua pátria de origem, de seus antepassados. Trabalhamos então com duas dimensões, uma da identidade e outra da realidade, com a consciência da realidade.
Portal – O Senhor apresenta traças de líder político e religioso, os dois se mesclam?
Padre Toninho - Os dois se misturam, sim. O que é a religião? No fundo, é uma mediação que quer levar as pessoas a consciência que são filhos de Deus e portanto com direitos garantidos, como dignidade. A religião deve ajudar na recuperação desta dignidade. Nesse sentido, a figura do religioso e do político, no amplo sentido desta palavra, se encontram. Não a religião apenas como religião, mas também como objetivo, pois ela nasce com objetivos, ela não pode ser neutra. No cristianismo significa fazer uma opção por aqueles escolhidos por Jesus, ou seja, os pobres. A igreja portanto é partidária, e seu partido é o dos pobres. E entre nós quem são os mais pobres? São os negros e mais um grande número de pessoas que vivem na exclusão.
Portal – Fale-nos sobre o encontro nacional de padres negros, que aconteceu em Aparecida, em novembro do ano passado.
Padre Toninho - A comunidade negra esta ciente que é preciso ocupar os espaços. Exatamente por estarmos convencidos disto é que percebemos que, embora Nossa Senhora Aparecida seja solidária conosco, inclusive na cor, pouco se trabalha em Aparecida do Norte a questão do porque Nossa Senhora é negra. Se foi exatamente num momento de grande dor no vale do Paraíba, entre Rio e São Paulo, onde existiam grandes fazendas com milhares de escravos, que ela aparece, naturalmente não foi uma aparição mágica e sim como a mostrar onde estava a ferida. Nestes grandes latifúndios cuja economia prosperava às custas da exploração do povo negro. Existe então essa leitura teológica, de fé. Pensamos então em realizar ali, no mês de novembro, já como preparação às comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, este encontro para a troca de experiências entre os padres negros. Gratificante é saber que o interesse no encontro cresce a cada ano. O objetivo é plenamente alcançado, pois resgatamos os elementos culturais africanos, passando para a comunidade nacional a importância de associar a cultura aos anseios da população através do elemento religioso.
Portal – O Professor Milton Santos diz que mudanças sociais somente são possíveis onde há conflito. É correto, pois quando se ameaça quem detém o poder espera-se uma reação. Dentro da igreja isto também ocorre?
Padre Toninho - Quando falei anteriormente que nossas conquistas dentro da igreja vinham das lutas, inclua-se aí o conflito. O professor está correto. Em termos de igreja diria que há grandes conflitos entre o trabalho feito a partir da comunidade negra e o "staff" religioso, de modo geral. As igrejas protestantes que se abrem à realidade negra e procuram tirar avanços disto, deparam-se com uma grandes dificuldades por parte de sua cúpula, que vão contra elas, Na católica não seria diferente, o conflito é permanente. Em 1992, no 8º Inter-Eclesial da CEB’s (Encontro das Comunidades Eclesiais de Base), em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, houve um momento de forte conflito, quando os negros presentes, incluindo representantes dos cultos afros, tiveram que se impor. Foi um momento terrível, onde microfones eram arrancados à força e os ânimos estavam realmente exaltados. Outro exemplo foi a Campanha da Fraternidade de 1988, para conseguirmos que ela abraçasse a causa negra, foi necessária muita luta e pressão da comunidade. Até a missa afro, mesmo contando com a anuência do papa, ainda encontra resistência de muitos padres, que não a aceitam, gerando momentos complicados. Veja então que é uma luta constante, altamente conflitiva.
Portal – E quais são as perspectivas de continuidade destes trabalhos. Os novos seminaristas abraçam esta idéia?
Padre Toninho – Percebemos que vem ocorrendo um aumento muito interessante no número de seminaristas que vêm de ambientes populares e, portanto, de família negras. De 1979, quando comecei a lecionar, até hoje, não há paralelo nesse crescimento. Naquela época, éramos um ou dois em cada turma, "moscas no leite". Hoje temos 40% de seminaristas de origem africana, de tal maneira que já na faculdade são organizadas agremiações, organizações e grupos específicos de seminaristas negros! Acredito que o futuro está assegurado, pois enquanto nós começávamos a trabalhar com estas questões após a ordenação, a nova geração já trabalha com isto bem antes. Já se formam com uma consciência bem ampla de negritude, tanto que quando se ordenam, as missas de ordenações são missas afros. Acredito que seja um movimento sólido, que veio para ficar. Viajo sempre para trabalhar com grupos que estão surgindo, aqui no sul do Brasil, devido a meu trabalho na Ordem, e no Cabo Verde, na África. Reservo sempre parte de meu tempo para fortalecer estes grupos, como o Atabaque, aqui mesmo de nossa paróquia, que elabora as coisas que vão emergindo e transforma em subsídios, devolvendo para a comunidade.



sábado, 20 de outubro de 2012

SOMOS INVISIVEIS

Ao perceber que nossas ações passam por uma visão de sem visão,já esplico-lhes tudo que pertence ou é criado por nós afrodescendentes torna-se invisivel a não ser se render: mídia ou votos.
Passado as eleições no Brasil a fora,a não ser os que ainda estão se enrolando nos seus próprios pés,mas o que quero e exaltar os grandes feitos dos empresários,suas contribuições generosas para os candidatos,para ações sociais suas verbas já foram ou estão comprometidas,estranho isso: Não,não é,nossos jovens e crianças não possuem TITULO,e seus pais não possuem nada que lhes interessa ou que possam trocar,quem realmente quer são os candidatos,estes adoram seus pais,e dizem as instituições que se pudessem fariam muito mais,e nós também dissemos a eles que acreditamos...mas que coisa...mas já consegui dizer o que gostaria,e que todas instituições parassem para refletir. Quem precisa de nós são eles,nosssas intituições estão valendo ouro,então companheiros, tenham olhos bem abertos,só assim vamos tentar acreditar que realmente algo acontece de verdade em nosso Brasil,e ajudar a ficha limpa ser realmente limpa,se todos fizermos a nossa parte,olhos abertos! Luisa

MISSA INCULTURADA

MISSA INCULTURADA - orientação para os comentários


Estamos nos aproximando da Semana da Consciência Negra e acredito que pelo Brasil a fora, muitas comunidades estarão celebrando esta temática, tanto pela liturgia quanto através de seminários, concertos, enfim, com tudo o que o Povo negro merece. Neste artigo limito-me a dar as novas orientações sobre o que precisamos ter presente ao elaborarmos os comentários para a Missa inculturada. Aqui, no Rio Grande do Sul, realizamos na cidade de Gravataí, um seminário sobre liturgia inculturada, com o tema: celebrando a liturgia com um rosto afrodescendente. Foi realizado o repasse do seminário nacional de teologia da pastoral afro e fizemos laboratório para estarmos mais seguros do que realizamos. Exponho, então algumas orientações para elaboração dos comentários e alguns passos práticos para a preparação para as próximas celebrações, lembramos que nãoo dizemos mais axé nem Olorum, e evitamos os cantos fazem alguma apologia aos Orixás.

1- Acolhida e comentário
Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos e bem vindas!
Acolhemos a todos e todas com muita alegria para celebrarmos, fraternalmente, a eucaristia, presença visível e real de Deus no meio do seu povo. Celebramos com um novo rosto, resgatando os valores da cultura negra. Celebramos porque acreditamos na vida, na partilha, na fraternidade e na possibilidade de ver um Brasil melhor, onde todos e todas possam participar com iguais direitos e dignidade.
Em nossa celebração, Jesus Cristo é o centro. Sendo o princípio e fim de todas as coisas, para a comunidade negra, ele é o Antepassado maior, que permite a cada liturgia, celebrar seu nascimento, morte e ressurreição. Ele tomou sobre si toda sorte de dor, sofrimento, discriminação, preconceito, racismo e os superou. Dele, a comunidade recebe a vida que não morre jamais e é nele, portanto, que ela encontra forças para lutar contra todos esses males, alimentando o desejo de contribuir sempre mais para a realização dinâmica do seu reino.
Nota: Acrescentar algo sobre o significado do ano internacional dos afrodescendentes, 30 anos da missa dos quilombos (1981) e algo sobre a realidade local. Lembrar que as leituras do domingo, dia 20, não podem mudar, pois é solenidade da Igreja.
Como irmãos e irmãs, reunidos na Casa do mesmo Pai, iniciemos com fé e muito gingado, cantando n. 01 ou .........................
2 – Orações Iniciais
a) (Invocação ao Deus Todo Poderoso)
Padre: Em nome do Deus de todos nomes, raças e culturas que, em Jesus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos: Em nome do Pai que faz toda carne: a preta e a branca, vermelha no sangue!
Padre: Em nome do Filho Jesus, nosso Irmão que nasceu moreno da raça de Abraão!
Todos: Em nome do Espírito Santo, bandeira do canto do negro folião!
Padre: Em nome do Deus verdadeiro que amou-nos primeiro sem DI-VI-DI-ÇÃO!
Todos: Em nome dos Três que são um só Deus, aquele que era, que é e que será!
(rufam-se os atabaques por alguns instantes)
b) Invocação do espírito de todo o negro e negra que sofreu nestes últimos 500 anos e de todos os negros e negras que sofrem a marginalização hoje.
Padre: Em nome do povo que espera, na graça da fé, a voz de Jesus Salvador, o quilombo-Páscoa que o libertará!
Todos: Em nome do povo sempre deportado pelas brancas velas no exílio e nos mares marginalizados, nos cais, nas favelas e até nos altares!
Padre: Em nome do Povo que fez seus palmares!
Todos: Que ainda fará palmares de novo; Palmares! Palmares! Palmares do povo!
(rufam-se os atabaques por alguns instantes)
3 – Ato Penitencial: (motivado pelo padre)
Com: Cantemos o BWANÁ, HUTURUHUMIÊ, Senhor, tende piedade de nós!, n. 4 ou...
Oração: Olorum, todo poderoso, tende compaixão de todos nós, vosso povo, perdoai as faltas que cometemos contra o vosso plano de amor e nos conduza à construção, aqui e agora da vida feliz, que não tem fim! Amém, axé!
4- Hino de louvor:
(durante o canto, entra-se ou, de lugares estratégicos, lança-se pétalas de rosa - flores)
Com: O nosso louvor ao Deus da vida é um louvor sem fim, pois nos criou por amor e nos motiva a lutar por um outro mundo possível. Louvemos pelos mártires da caminhada, por todas as pessoas solidárias que empenharam e empenham suas vidas na construção de uma sociedade justa e solidária, onde as pessoas não sejam mais desprezadas pela sua cor ou raça. Cantemos o n. 6 ou .......................
5- Oração.
6- Rito da Palavra - (a Bíblia entra enfeitada com alguém dançando)
Com: A Palavra de Deus, é viva e eficaz. Deus falou de muitas maneiras através da história. Falou através dos profetas, dos antepassados africanos e por fim, falou através do próprio Filho. Acolhemos esta palavra que brota da vida, da Bíblia e do nosso coração, cantando – Canto n. 8 ou .........................
1ª Leitura (At 2, 42-47)
Salmo 97 (98) - Ref: O Senhor fez conhecer a salvação e revelou sua justiça às nações
Evangelho (Mt 5, 1-12). Aclamação cantemos o n. 10 ou ..............
Credo
Oração dos fiéis: Refrão cantado: Ó Senhor, Senhor, nesta noite, escutai nossa prece
7- Apresentação das Oferendas
Com: Oferecemos ao Deus da vida, junto ao pão e ao vinho, toda a nossa cultura. Um grupo dançando, trará até o altar, flores, instrumentos musicais, comidas típicas e outros sinais do trabalho e da alegria do povo negro. Nossas mãos abertas trazem as ofertas do nosso viver. Cantemos o número 12 ou ..........
8- Oração sobre as ofertas:
9- Oração Eucarística
10- Rito da Comunhão
Com: Jesus é a razão da nossa esperança e a nossa comunhão com ele na Eucaristia nos dá força para caminhar e contribuir na construção de uma sociedade mais justa fraterna e solidária. Canto de comunhão, n. 16 ou ..............................................
11- Oração após a comunhão.
12- Louvação a Mariama
Com: Ao som dos instrumentos, iremos acolher a imagem da Negra Mariama e, em seguida, acompanharemos a oração a Mariama de D. Hélder Câmara, concluindo com o canto. Durante o canto, a imagem passará nos corredores para que todos toquem. Canto 18 ou .....................
13- Avisos e homenagens
14- Partilha
Com: Em nossa celebração o espaço se torna banquete onde todos participam, partilham, se ajudam, preenchem-se de Deus e de axé. O que foi levado para as ofertas , são distribuídos com os presentes. Cada um, cada uma, em voz alta ou em silêncio, diz com qual luta, com qual pessoa gostaria de partilhar este alimento. Cantemos o n. 22 ou .......................
15- Marcha final da Missa dos Quilombos
16- Benção Final

Oração a Mariama

1- Mariama, Nossa Senhora, mãe de Cristo e Mãe da Humanidade! Mariama, mãe dos seres humanos de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da terra. Pede ao teu Filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver.
2- Mas é importante, Mariama, que a Igreja de teu Filho não fique em palavras, não fique em aplauso. O importante é que a CNBB, a Conferência dos Bispos, embarque de cheio na causa dos negros, como entrou de cheio na Pastoral da Terra e na Pastoral dos Índios;
1- Não basta pedir perdão pelos erros de ontem. É preciso acertar o passo de hoje sem ligar ao que disserem. Claro que dirão, Mariama, que é política, subversão, que é comunismo. É Evangelho de Cristo, Mariama;
2- Mariama, Mãe querida, problema de negro acaba se ligando com todos os grandes problemas humanos. Com todos os absurdos contra a humanidade, com todas as injustiças e opressões, Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo a maldita fabricação de armas. O mundo precisa fabricar é paz;
1- Basta de injustiça, de uns sem saber o que fazer com tanta terra e milhões sem um palmo de terra onde morar. Basta de uns tendo de vomitar pra comer mais e cinqüenta milhões morrendo de fome num ano só. Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia;
2- Mariama, Nossa Senhora, Mãe querida, nem precisa ir tão longe como no teu Hino. Nem precisa que os ricos saiam de mãos vazias e os pobres de mãos cheias. Nem pobre nem rico. Nada de escravo de hoje ser senhor de escravo de amanhã. Basta de escravos. Um mundo sem senhores e sem escravos. Um mundo de irmãos. De irmãos não só no nome e de mentira. De irmãos de verdade, Mariama".
D. Hélder Câmara

Marcha final da Missa dos Quilombos
Com: A espiritualidade que vivenciamos foi trazida da África, passou pelos Quilombos e pelas diversas formas de resistências e lutas, e que foi ainda mais enriquecida através do contato com a mensagem cristã. Resgata a história Aliança do Deus da vida com o seu povo e convida toda a comunidade negra a se sentir povo de Deus, integrada a todos os povos e culturas, como sujeito de sua própria história. Tudo isto nos leva a encerrar com um trecho da marcha final da Missa dos Quilombos:

Marcha final da Missa dos Quilombos
"Trancados na noite, milênios afora, forçamos agora as portas do Dia. Faremos um Povo de igual rebeldia. Faremos um povo de bantos iguais. Faremos de todos os lares fraternas senzalas, sem mais. Faremos a Negra Utopia do novo Palmares na só Casa Grande dos filhos do Pai. Os Negros da África, os Afro da América, os Negros do Mundo, na Aliança com todos os Pobres da Terra. Seremos o Povo dos Povos: Povo resgatado, povo aquilombado, livre de senhores, de ninguém escravo, senhores de nós, irmãos de senhores, filhos do Senhor! Sendo Negro o Negro, sendo Índio o Índio, sendo cada um como nos tem feito a mão de Olorum".


Modjumbá axé!
Pe. Degaaxé, PSDP

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Surprendente... cada vez mais me pergunto o que determinadas ações podem parar de serem realizadas,e ninguem se da conta, a não ser em´período eleitoral,ficamos com a biblioteca 03 (três) anos fechada,sem nenhuma ação, ninguém viu,agora querem nos ajudar,como hoje é dia 01/10 faltando somente 06(seis)dias para as eleições,vamos buscar voto de onde puder vir...e nosso povo brasileiro anestesiado,porque so pode, mensalão não vai dar em nada ou quase nada,e resto nem me custo a fazer qualquer comentário,onde,como,em que tempo nosso povo irá fazer o levante?Tenho esperança de poder participar e que seja em breve. Maimuna Luísa - Presidente do Instituto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012










O ESPIRITO DE DEUS NOS UNGE E NOS ENVIA,PARA PROCLAMAR BOA NOVA DA ALEGRIA. UM MUNDO MAIS HUMANO E UM TEMPO DE ESPERANÇA VAMOS CONSTRUIR. AOS POBRES E DOENTES E MARGINALIZADOS VAMOS SOCORRER. Ó DEUS,FAZEI AGIR PLENAMENTE EM NÓS O SACRAMENTO DO VOSSO AMOR,E TRANFORMAI-NOS DE TAL MODO PELA VOSSA GRAÇA,QUE EM TUDO POSSAMOS AGRADAR-VOS. POR CRISTO, NOSSO SENHOR.AMÉM. MAIMUNA LUÍSA
DE UM GRANDE DIA PARA UM PESADELO! Recebemos a permissão de uso de uma área que no inicio do ano de 2012 foi ocupada por famílias,e nos ficamos novamente sem ter onde construir nossa sede,sendo asssim estamos aqui dizendo a todos que não temos mais o espaço para construir nossa sede,não nos abalamos,vamos regassar as mangas e partir para outra ação,a busca de um novo espaço. Presidente. Maria Luísa.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PARA REFLETIR

Leituras da Biblía: 2Sm5,1-7,10 Mc3,22-30

È um dado da experiência diária,que a nossa vida é dinamizada pelas escolhas que constantente devemos fazer.
È verdade também, o fato de que a divisão interior é a porta de entrada para toda vulnerabilidade,inssatisfação e angústia.
Nosso coração não suporta viver por muito tempo em estado de divisão,Jesus nos alerta através do seu evangeho: nenhuma casa ou reino dividido pode permanecer de pé!
Como cristãos,já fizemos a nossa escolha fundamental, Jesus Cristo! Com ele,por Ele e Nele encontramos a unidade que o nosso coração tanto deseja.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

UM GRANDE DIA




UM GRANDE DIA

INSTITUTO CULTURAL KIZOMBA recebe permissão de uso de área para desenvolvimento de suas atividades.
Um dia de grande felicidade para o instituto kizomba marcou mais uma importante conquista, com a presença de seus colaboradores e sócios com a presença do prefeito municipal Carlos Brum, vereador Neto Girelli e do lider do governo na cãmara, vereador Edson Borba, Cel.sr.Paulo Franquilin e dos jovens, Jorge, Edson, Rudieri e Eduardo e comunidades (Salomé e umbu).
Onde na ocasião foi assinado o Decreto número 215/2011, que concede permissão de uso de área ao Instituto Cultural kizomba, onde poderá desenvolver as atividades culturais, esportivas, educativas, de lazer ambientais em área de 718 m2, localizada no Parque residencial madepinho,rua catumbi,pelo prazo de cinco anos, podendo ser prorrogado. A permissão foi recebida com festa na quadra da Escola de samba Bambas da Orgia e pelo Instituto Kizomba por representar um sonho e luta que vem sendo empreendida há 20 anos informou um carnavalesco sócio.
Nossos agradecimentos:
A Família Kizomba
Prefeito Carlos Brum
Vice-Prefeito - Giovane Garcia
Secretarias de administração - Luis Carlos Telles
Secretaria Municipal de Governo - Delanor Bife (Preto)
Secretaria Municipal de Habitação - Gilberto Pereira
PGM - Jussara Mendes
Câmara Municipal de Alvorada
Srª. Neuza Machado
Em especial ao Vereador Neto Girelli e srª. Maria Luisa Rodrigues.

ATITUDES

Quatro atitudes de Jesus devem nos questionar no dia de hoje:
Compaixão e solidariedade para com os doentes, vida de oração e fidelidade á missão evangelizadora.
É importante notar,que sem avida de oração a caridade e a ação evangelizadora podem se transformar em uma velha e já conhecida tentaçã, a popularidade.
Quem em nosso dia a dia haja sempre um tempo e um espaço para o deserto,para a oração,pois nela encontramos a força para a fidelidade e não a popularidade.
Reflexão das leitura do dia de hoje(11/01/2012)1Sm3,1-10.19-20
Mc 1,29-39
Maimuna.